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Introdução: a procura pela medicina popular tem sido recorrente, em que plantas medicinais são consumidas como agentes terapêuticos na prevenção de diversos sintomas e doenças. Na pandemia da COVID-19, grande parte da população sofreu mudanças na renda, no estilo de vida e restrições de acesso ao sistema de saúde convencional, fazendo com que a procura por métodos alternativos de cuidado seja uma realidade mais acessível. Objetivo: analisar as variáveis sobre as práticas do autocuidado da saúde com utilização de produtos naturais da medicina popular na prevenção de sintomas da COVID-19 e contribuir para a discussão sobre a adesão à terapia alternativa aplicada no contexto da pandemia. Material e Método: o estudo foi feito pela técnica de amostragem não probabilística Snowball Sampling, por meio de um levantamento realizado por questionário distribuído nacionalmente para toda população acima de 18 anos de idade, seguido análise estatística e revisão bibliográfica sobre compostos naturais utilizados com potencial atividade farmacológica na prevenção da COVID-19. Conclusão: foi demonstrado que as variáveis como escolaridade, idade e região geográfica influenciam significativamente à busca por produtos a base de plantas medicinais. Determinadas plantas citadas fornecem compostos com atividades farmacológicas evidenciadas na literatura como anti-inflamatória e antiviral, sendo alternativa adjuvante para aliviar o quadro da doença e reforçar imunidade, já sendo utilizadas culturalmente e implantadas no sistema de saúde de outros países para tratamento da infecção por SARS-CoV-2. No entanto, o cenário brasileiro evidencia as fragilidades no desenvolvimento de ações para integrar e melhorar o acesso da população aos serviços de saúde convencionais, assim como a necessidade de implantar protocolos alternativos padronizados, a fim de evitar possíveis intoxicações por uso incorreto desses produtos naturais. |