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Introdução: O estresse é uma reação caracterizada por distúrbios físicos e emocionais fomentado por fatores que perturbam a homeostase, gerando um desequilíbrio que pode resultar em doenças e uma resposta imunológica. Objetivo: Analisar e descrever as principais alterações imunológicas provenientes do estresse acadêmico, assim como, aprimorar o conhecimento a disposição na literatura atual e a partir deste, complementar a produção científica existente. Metodologia: Foi realizada busca nas plataformas Google acadêmico e Scielo de artigos em português com os termos “imunodepressão”, “estresse” e “acadêmicos de medicina” Resultado: O estresse é um estado antecipado ou real de ameaça ao equilíbrio do organismo, e a reação do mesmo é adaptativa preparando organismo para enfrentar o desafio. Ao iniciarem o curso de Medicina, os estudantes sentem-se entusiasmados e realizados. Todavia, os desafios advindos à formação podem ser fonte de quadros de estresse e angústia, implicando na desregulação homeostática desses estudantes. A transição que ocorre ao adentrar na graduação pode ser uma nova fonte de estresse para o acadêmico, dado às novas circunstâncias e dificuldades oriundas dessa fase. A intensidade da resposta aguda ao estresse deve ser ajustada à ameaça do estressor, tanto em intensidade como em duração. Nesse sentido, o estresse frequente ou mantido por longo tempo pode comprometer o organismo gerando doenças. O vestibular extremamente competitivo, a metodologia de ensino diferente da usada no colegial e situações em que o aluno reside distante de casa destacam-se como fatores de estresse. A imunodepressão associada ao estresse tem sido atribuída ao aumento da secreção de cortisol, resultando na ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. A resposta imediata ao estresse ocorre pela ativação do SNA simpático, que produz uma resposta rápida na contagem de glóbulos brancos, que posteriormente retornaria ao estado de normalidade através da secreção do glicocorticóide. No entanto, a persistência do estresse mantém os níveis de glicocorticóides elevados, facilitando a ocorrência de doenças infecciosas, contribuindo para o surgimento e disseminação do câncer. Conclusão Final: O estresse nos estudantes de Medicina afeta funções psicológicas, cognitivas e fisiológicas, prejudicando sua qualidade de vida e influencia no aprendizado e no cuidado ao paciente, caracterizando um problema de saúde pública. |