As vulnerabilidades e o potencial transformador das formas de organiza����o coletiva de trabalhadores e trabalhadoras: alguns contributos te��ricos e emp��ricos

Autor: Marques, Joana S., Veloso, Lu��sa
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2022
Předmět:
DOI: 10.5281/zenodo.6211737
Popis: Historicamente, os antagonismos inerentes ��s sociedades capitalistas t��m gerado diferentes respostas coletivas das classes populares e trabalhadoras na tentativa de resolver as suas necessidades numa perspetiva de transforma����o social. Diferentes teorias e experi��ncias de trabalho associado e cooperativo t��m alimentado um debate sobre o seu potencial transformador nas economias e sobre os seus dilemas enquanto alternativa ao trabalho assalariado. Nesta comunica����o, pretende-se retomar esse debate a partir do confronto de diferentes referenciais te��ricos (Marx 1894, Polanyi 1944, Fraser 2011, entre outros) e das experi��ncias recentes de resposta �� precariza����o do trabalho e a contextos de crise, como o de 2008 e o da atual pandemia. A comunica����o enquadra-se no ��mbito do projeto de investiga����o COLLECTITUDE ��� "Building the collective at times of precarity: precarious labour and its countermovements". Do ponto de vista emp��rico, a an��lise tem por base dois setores de atividade econ��mica que, no contexto portugu��s, s��o paradigm��ticos dos atuais processos de precariedade laboral: o setor da constru����o civil, caracterizado por se basear em trabalho intensivo e por complexas redes de subcontrata����o; e o setor art��stico, marcado pela preponder��ncia do trabalho do projeto, intermit��ncia e pelo (falso) trabalho independente e decorrente falta de prote����o no emprego. Tendo por base entrevistas com diferentes coletivos de trabalhadores e trabalhadoras e com movimentos laborais e sindicais dos dois setores, pretende-se discutir como as formas de organiza����o coletiva emergentes integram (ou n��o) aquilo que Polanyi conceptualizou como um contra-movimento. Se por um lado o trabalho associado apresenta uma proposta de reconstru����o de um projeto coletivo e surge como uma alternativa de inser����o social e laboral para trabalhadores exclu��dos de um contrato formal de trabalho, por outro lado, ao estar ele pr��prio sujeito aos mecanismos de mercado, n��o est�� isento de processos de precariza����o e autoexplora����o, reproduzindo tamb��m os defeitos do sistema no qual se insere.
Databáze: OpenAIRE