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Este artigo propõe-se a apresentar um recorte da pesquisa realizada por Sigalla (2018), que teve como objetivo geral analisar a prática de tutoria acadêmica entre pares realizada no Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Formação de Formadores (Formep), nível Mestrado Profissional, da PUC-SP, a partir das percepções de seus participantes, quais sejam, tutorados (mestrandos do Formep) e tutores (em geral, mestrandos e doutorandos de outros Programas da PUC-SP). A fundamentação teórica da pesquisa pautou-se em estudos sobre: aprendizagem do adulto; aprendizagem entre iguais; trabalho coletivo-colaborativo; aprendizagens fundamentais na vida e na atuação profissional; mediação, interação social e zona de desenvolvimento iminente (ZDI). A pesquisa contou com a participação de 33 sujeitos, sendo 13 tutores, 17 tutorados, duas professoras e o assistente de coordenação do Formep. Os dados foram produzidos em grupos de discussão e entrevistas, e a análise foi inspirada na abordagem Análise de Prosa (ANDRÉ, 1983), dando origem a sete categorias analíticas. Neste artigo, temos como objetivo apresentar as percepções de mestrandas do Formep acerca da prática de tutoria acadêmica entre pares realizada no Programa. Tais percepções, conforme veremos, revelam o caráter coletivo-colaborativo dessa prática, sua importância para o desenvolvimento de habilidades necessárias na pós-graduação, seu significado para o conhecimento de si e a construção de sua identidade profissional, como também a importância das interações com pares avançados (sejam tutores, sejam outros mestrandos) para a potencialização de suas capacidades reflexivas e metacognitivas. |