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A automedicação configura-se como um problema de saúde pública, e o uso racional pode poupar recursos nos casos de tratamento e de terapêutica para doenças menores. Segundo a OMS, metade de todos os fármacos é prescrita de forma incorreta, além de vendida e dispensada também de forma equivocada. Nesta pesquisa objetivou-se conhecer os hábitos de automedicação e fatores que influenciam essa prática, caracterizando o perfil do grupo a partir dos dados sociodemográfico, frequência, necessidade de prescrição, busca informativa, motivos e tipos de medicações em uso no contexto da automedicação entre os pacientes atendidos pelo Ambulatório da Faculdade de Ciências da Saúde (FACS) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Tratou-se de um estudo de corte transversal com abordagem qualitativa realizado com pacientes que frequentam os ambulatórios de especialidades da Universidade. A coleta deu-se por meio da realização de uma entrevista semiestruturada. O perfil dos pacientes entrevistados mostra-se majoritariamente utilizador de sintomáticos, com notoriedade para as queixas de dores gerais e cefaleia, com prevalentes de caracteres adultos, do sexo feminino, casado, procedentes da mesma cidade onde se localiza o serviço ambulatorial pesquisado. Enquadra-se em sua maior quantidade no serviço de ginecologia e obstetrícia, que se automedicam em tempos atuais, sem prescrição habilitado. Apesar do balconista de farmácia ter sido o mais mencionado como recomendado dos medicamentos, não foi, paradoxalmente, o ente mais procurado para busca de informações sobre os medicamentos. A automedicação ainda consiste em um grave dilema da saúde pública nacional e global, e seu uso indiscriminado pela população caracteriza-se deletério sob a ótica de inúmeros problemas físicos e psicossociais. Em estudos posteriores, sugere-se que o mapeamento demográfico, social, cultural e com os traços do perfil “consumístico” medicamentoso seja ampliado. |