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A sífilis congênita (SC) é um dos mais graves desfechos adversos preveníveis da gestação. Objetivo deste estudo foi realizar uma análise temporal descritiva do seguimento de crianças com SC precoce no nordeste do Brasil entre 2010 a 2020. Estudo realizado em uma Maternidade Filantrópica de Aracaju SE, entre 2010 a 2020 (subdividido em 2010-2014 | 2015-2020) através da análise de prontuário físico de recém nascidos (RN) com SC. Nos dois períodos a maior parte das mães, multíparas (56,3% | 92,2%), sem histórico de abortamento (63,7% | 76,5%) foram adequadamente tratadas (72,2% | 75,5%) com negativação do VDRL (90,2% | 100%). Entre 2015 e 2020 houve melhora no grau de escolaridade materna (48,8%), do pré-natal (58,4%) e da adesão ao tratamento do parceiro (44,1%) comparando ao período anterior. Quanto aos RN, nos dois períodos a maioria tinha peso ao nascer maior que 2500g (84,4% | 90,3%), VDRL reagente em sangue periférico (70,4% | 76,7%) e não reagente no líquor (2,2% | 2,2%); nos dois períodos também foi evidenciado que minoria apresentava alteração na triagem auditiva (1,1% | 5,4%) e fundoscopia (1,1% | 0,6%), porém à radiografia de ossos longos entre 2010-2014, 8,5% apresentou alteração e entre 2015-2020 houve aumento para 47,3%. Conclui-se que a ampliação e melhoria do pré-natal, desenvolvimento e melhora de tecnologias diagnósticas e terapêuticas, têm o poder de tornar o controle da SC um cenário cada vez mais próximo. |