PROBIÓTICOS COMO UMA ALTERNATIVA PROMISSORA PARA O TRATAMENTO DAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS

Autor: Julli Martins Peixoto, JORDANY MOLLINE SILVA, JOÃO RAPHAEL CALIL LEMOS ARAÚJO, ISADORA DE OLIVEIRA RABELO, KELLEN CRISTINE PEREIRA
Rok vydání: 2022
Zdroj: Anais do III Congresso Brasileiro de Saúde On-line.
Popis: Introdução: As Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), representadas principalmente pela Doença de Crohn e pela Colite Ulcerativa, caracterizam-se por um estado inflamatório crônico do trato gastrointestinal, com etiologia multifatorial. O tratamento baseia-se no emprego de fármacos, como corticosteroides, aminossalicilatos e imunossupressores, que podem ser prejudiciais a longo prazo. Diante desse contexto, destacam-se alternativas, a exemplo dos probióticos, os quais consistem em microorganismos vivos cuja utilização em quantidades adequadas resulta em benefícios imunológicos e em redução dos sintomas. Objetivo: Analisar os efeitos terapêuticos do emprego de probióticos no tratamento das DIIs. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura qualitativa realizada por meio de buscas nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde, Google Scholar e PubMed, com seleção de 7 publicações. Resultados: Dentre os probióticos utilizados, o gênero Lactobacillus foi o mais avaliado e com os melhores resultados, seguido de Bifidobacterium e Streptococcus. De forma geral, esses microorganismos agem por meio dos seguintes mecanismos: redução das citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, TNF-α, IL-8, IL-6), da citocina anti-inflamatória IL-10 e do Fator de Transformação de Crescimento (TGF-β), diminuição do estresse oxidativo, inibição do crescimento de patógeno e modificação da permeabilidade intestinal. Como consequência, constatou-se melhora do quadro clínico, com atenuação da desnutrição protéico-calórica, dos sintomas gastrointestinais e dos danos histológicos. Vale ressaltar que grande parte dos desfechos positivos relacionaram-se à Colite Ulcerativa, sendo as evidências acerca dos efeitos na Doença de Crohn ainda incertas. Conclusão: Os potenciais benefícios decorrentes da inserção dos probióticos no manejo das DIIs evidenciam a importância de ampliar as pesquisas relacionadas a essa terapia adjuvante. A fim de validar recomendações gerais para o referido tratamento, deve-se caracterizar com maior precisão aspectos como indicações de uso, vias de administração, relação dose-efeito, tempo de tratamento, utilização de outras cepas probióticas e necessidade de avaliação histológica prévia.
Databáze: OpenAIRE