Influência da sexarca, aspectos sociodemograficos, clínicos e de saúde em gestantes residentes em bairro de extrema pobreza no município de Maceió/AL / Influence first sexual intercouse, sociodemographic, clinical and health aspects in pregnant women residents in the extreme poverty neighborhood in the city of Maceió/AL

Autor: Leticia Bandeira de Melo Kotovicz, Julia Manuela Mendonça De Albuquerque, Juliana Seara dos Santos Vieira, Maria Amélia Albuquerque De Freitas, Isabelle Miranda Tavares, Milton Santos Melo Neto, Leticia Lima Silva, Nicole Brandão Barbosa De Oliveira, Uirassú Tupinambá Silva De Lima, Renata Chequeller De Almeida
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Development. 8:7229-7249
ISSN: 2525-8761
DOI: 10.34117/bjdv8n1-489
Popis: A iniciação sexual tem ocorrido cada vez mais precocemente. O objetivo do presente estudo baseia-se em relatar o perfil e os fatores precursores associados a sexarca de gestantes, residentes na favela Sururu de Capote, bairro de extrema miséria no município de Maceió, estado de Alagoas. Trata-se de um estudo observacional descritivo, com gestantes atendidas pelo complexo de saúde da Comunidade Espírita Nosso Lar, entre os meses de junho a novembro de 2018. Para análise de dados, quanto ao perfil sociodemográfico, clínico e de saúde, aplicou-se a estatística univariada descritiva. Afim de avaliar a associação entre as variáveis numéricas foi realizado teste de correlação linear de Spearman. Os resultados mostraram uma predominância de jovens, com idade acima de 19 anos (68,8%) na gestação atual, pardas (54%), pouco escolarizadas (81%), solteiras (56,2%), residindo com até 3 pessoas, em casebres de alvenaria e banheiro. A grande maioria não relatou qualquer tipo de deficiência física (96,7%), ou porte de doenças e agravos (93,75%). Doenças crônicas como diabetes e hipertensão arterial estiveram presentes em apenas 6,4% das entrevistadas. Iniciaram a vida sexual entre 12 e 18 anos (93,8%), tornando-se mães ainda na adolescência (75%), com pelo menos um filho (43,7%), histórico de uso de drogas (62,5%) e aborto (25%) durante a gravidez. A maior parte (51,4%) não planejou engravidar. Nas análises de associação, as variáveis idade, escolaridade e etnia influenciaram na idade de início da relação sexual. A vulnerabilidade social atual, juntamente com o alarmante número de casos de gravidez adolescência, faz refletir para a necessidade de planejamento e estratégias de assistência sociais e de saúde que auxiliem a vida local.
Databáze: OpenAIRE