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O artigo reflete sobre o ensino de línguas em contextos virtuais a partir de experiências vividas por professores de línguas durante a pandemia. Um questionário online com 14 perguntas, compartilhado nas redes sociais foi respondido por 64 professores de línguas, 4 dos quais participaram de uma entrevista no formato de roda de conversa após terem respondido o questionário. O método de análise é misto com dados quantitativos e qualitativos. A análise quantitativa mostrou que a grande maioria dos respondentes usou tecnologias digitais para dar aula no formato remoto tanto de forma síncrona quanto assíncrona. Os dados sugerem que nem todos os professores se sentem preparados para trabalhar nessa modalidade, revelando falta de apoio, capacitação ou formação por parte de instituições no sentido de viabilizar o ensino no formato remoto. A análise qualitativa sugeriu que os professores têm uma postura negativa em relação ao ensino remoto emergencial em virtude da falta de preparo para essa modalidade. De maneira geral os resultados do estudo sugerem que a emergência da situação causou um impacto negativo nos professores em relação ao uso de tecnologias digitais no ensino remoto emergencial devido ao despreparo e falta de apoio institucional. Entretanto, os dados sugerem que após a pandemia e com o devido preparo e apoio, algumas dessas tecnologias digitais serão incorporadas nas práticas pedagógicas em abordagens híbridas, que representam uma tendência e possibilidade real para o ensino de línguas no contexto pós-pandemia. |