O IMPACTO DA COVID-19 NOS FATORES DE COAGULAÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA

Autor: Eclésio Batista De Oliveira Neto, Rubens Cleiton Andrade Santana, Mariana Santos Alencastro Figueiredo, Carlos Daniel Passos Lobos
Rok vydání: 2022
Zdroj: Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line.
DOI: 10.51161/hematoclil/5
Popis: Introdução: O SARS-CoV-2 infecta o tecido pulmonar através dos receptores da angiotensina 2, através da proteína viral SPIKE, invadindo a célula por endocitose e chegando aos pneumócitos II, iniciando uma resposta inflamatória. Dessa forma, a tempestade de citocinas (Il-1, IL6, TNF-alfa) causam aumento da permeabilidade dos capilares pulmonares, formando edema pulmonar e ativando fatores pró-coagulantes. Objetivo: Revisar a relação e o impacto da Covid-19 nos fatores de coagulação. Material e métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica na base de dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e PUBMED com os descritores "Blood Coagulation Factors" e " SARS-CoV-2”, com o operador AND. Os critérios de inclusão foram (1) textos completos condizentes com o tema e objetivos do trabalho; (2) em inglês, espanhol e português; (3) publicados nos últimos 2 anos. Foram encontrados 7 artigos, estes foram mantidos e analisados por atenderem aos critérios estabelecidos. Resultados: De acordo com os artigos, os fatores de coagulação quando ativados formam microtrombos que podem ser disseminados para outros órgãos, como fígado e rim, indicando alterações de coagulação resultantes de resposta inflamatória profunda, pela ativação plaquetária, resposta inflamatória sistêmica ou citocinas elevadas. Como indicativo desse quadro de coagulação intravascular disseminada, há uma elevação de D dímero, resultante da degradação de fibrina proveniente da formação dos trombos ou do fibrinogênio elevado resultante dos danos vasculares causados pela resposta inflamatória. Além disso, foi observado que pacientes com COVID - 19 apresentam um desequilíbrio entre os fatores V/VIII e a proteína C/S, assim como uma redução dos anticoagulantes naturais. Esse desequilíbrio aumenta os riscos de complicações tromboembólicas venosas ou arteriais, como embolia pulmonar. Conclusão: As evidências encontradas, apontam para uma relação entre as disfunções coagulativas e a COVID-19, assim a infecção poderia ser um fator agravante que contribui para a formação de trombos, logo, influenciando de forma negativa o prognóstico, relacionando-se à morte dos pacientes. Isso desperta a necessidade de monitorar ativamente os marcadores de coagulação para prevenir possíveis coagulopatias, especialmente em pacientes graves. No entanto, os artigos destacam que é necessário a realização de mais ensaios clínicos randomizados, buscando a correlação entre a coagulação e a COVID-19.
Databáze: OpenAIRE