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O objetivo deste artigo é analisar o uso das políticas públicas sociais brasileiras como recurso da política externa brasileira aplicada ao contexto paralelo à Minustah (2004-2017), de modo a compreender como a agenda doméstica pode ser articulada para a lógica de cooperação internacional para promover desenvolvimento econômico e social. A hipótese é que o Estado brasileiro utilizou a janela de oportunidades aberta pela Minustah para estreitar as relações com o Haiti e transferir políticas públicas sociais para o país caribenho como forma de demonstrar capacidade de lidar com as causas primárias que normalmente geram os conflitos, tais como a pobreza e a miséria – experiência de política externa que transformou o Haiti em um dos principais destinos da cooperação brasileira à época, o que demonstra um modo particular de o Brasil lidar com operações de paz das Nações Unidas. A pesquisa utilizou o método de process tracing para mapear o fenômeno, associado às metodologias de estudo de caso e análise documental, além da técnica de entrevista discursiva semiestruturada. |