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Este artigo se propõe a identificar algumas características dos financiamentos à infraestrutura no Brasil entre 2008 e 2019, com o objetivo de questionar a efetividade dos diferentes expedientes empregados para atrair investidores aos projetos. Sendo assim, a partir de uma abordagem histórico-dedutiva, serão elencados aspectos das políticas macroeconômicas e financeiras e da evolução do arcabouço institucional doméstico em dois subperíodos (2008-2014 e 2015-2019), para, posteriormente, confrontá-los com os resultados em termos de investimento. A pesquisa combina, dessa forma, métodos quantitativos – por meio do tratamento e da análise de dados secundários – com elementos qualitativos das diferentes conjunturas. Entre os principais achados, verificou-se, no pós-2008, atração considerável de capital privado para projetos greenfield como efeito crowding-in da atuação de empresas estatais brasileiras – utilizadas como dínamos de uma agenda positiva de investimentos. A partir de 2015, por seu turno, optou-se por uma ancoragem de expectativas exclusivamente via preços de equilíbrio, com a inversão nos mecanismos de financiamento culminando em maior participação do mercado de capitais, o que resultou na redução do nível de investimento agregado em infraestrutura no país. |