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Apresentamos uma leitura lacaniana sobre as práticas de automutilação no contexo escolar. Metodologicamente, trata-se de um texto de natureza ensaística, em que refletimos sobre este fenômeno a partir da concepção lacaniana de acting out e problematizamos as relações da automutilação com a angústia, a adolescência e o feminino. Compreendemos, a priori, a automutilação como um modo de subjetivação, uma forma que o falasser encontra para dizer aquilo que está encoberto quando, na dificuldade de utilizar o recurso da palavra, lesiona a si mesmo, deixando marcas expostas no corpo e também como uma mensagem que o falasser endereça ao Outro, como um pedido de socorro. Logo, propomos uma leitura da automutilação, contrapondo-se aos discursos universitário e do capitalismo, que têm predominado na atualidade, problematizando esse fenômeno a partir de uma perspectiva crítica e implicada com a dimensão sociopolítica do sofrimento psíquico. |
