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A cidade de São Paulo conforma território de múltiplos valores e vicissitudes decorrentes das alterações de uso dos espaços públicos, interferindo diretamente na conservação material de seu acervo de obras públicas. Compartilhando o espaço com outros elementos urbanos sempre renováveis, as obras artísticas, assim como a sua ambiência se atualizam para os fruidores; podem ser preservadas ou destruídas. Analisando o processo degradativo e as categorias de ação conservativa operadas na Fonte Monumental da Praça Júlio Mesquita (1927), da escultora Nicolina Vaz, esse artigo objetiva suscitar reflexões sobre a efetividade das operações de conservação física das esculturas públicas como ato desconectado da leitura das mudanças de uso dos espaços. Pesquisas arquivísticas, registros imagísticos e visitas de campo, corroboram a história conservativa da fonte, associando-a às alterações urbanas. Espera-se contribuir para a qualificação das discussões da necessidade de interação dos órgãos públicos em ações voltadas à preservação das praças e monumentos paulistas. |