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O presente artigo constitui-se de pesquisa de natureza qualitativa e bibliográfica, visando refletir sobre as possíveis relações no campo educacional entre a metodologia dialética e a neurociência cognitiva, no que diz respeito ao processamento da informação por mecanismos cerebrais humanos. O objetivo da pesquisa é mostrar os princípios neurocientíficos da memória associados às dimensões da abordagem metodológica dialética. E embora se reconheça que o ato de aprender envolva diferentes mecanismos neurobiológicos como atenção, emoções, motivação, sono e plasticidade cerebral, opta-se no artigo por estabelecer como recorte aproximações entre tipos de memórias e suas funções, com os momentos propostos pela metodologia dialética. Para tanto, apresentam-se inicialmente conceitos sobre consolidação de memórias no campo da neurociência cognitiva e os três momentos da dialética (mobilização, construção e elaboração de síntese do conhecimento). Na sequência, busca-se aproximações entre essas duas dimensões, compreendendo a primeira com uma área complementar e a segunda como uma estratégia didática direcionada à construção de conhecimentos. Por fim, evidenciam-se os sombreamentos entre os dois campos e apontam-se novas possibilidades para pensar uma neurodidática, mostrando que compreender mecanismos cerebrais envolvidos no ato de aprender surge como condição à efetivação de uma prática escolar que busca favorecer a aprendizagem. |
