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Introdução: O câncer de mama é a neoplasia que mais acomete mulheres em todo o mundo e sua incidência vem crescendo em países em desenvolvimento como o Brasil. As alterações metabólicas do câncer, somadas as questões específicas do tratamento quimioterápico, podem induzir efeitos adversos deletérios e impedir o sucesso da recuperação. Estudos clínicos sugerem resultados positivos com a suplementação de ácidos graxos ômega-3 em pacientes em quimioterapia, devido suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e antiproliferativas em diferentes tipos de neoplasias. Objetivo: Investigar os principais resultados da suplementação de ômega-3 na quimioterapia do câncer de mama. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica de literatura com busca sistemática nas bases de dados PUBMED, SCIELO E LILACS utilizando os termos específicos. Resultados: De 563 publicações, 9 artigos foram selecionados por atenderem aos critérios de seleção. Sendo, sete estudos randomizados, um estudo observacional e um estudo prospectivo longitudinal que forneceram dados de 492 pacientes. O número de pacientes em cada estudo variou de 15 a 249 e ostratamentos associados incluíram quimioterapia adjuvante e neoadjuvante e terapia hormonal com inibidores de aromatase. Em todos os estudos, o ômega-3 foi administrado em forma de cápsula de óleo de peixe, com doses entre 1g a 4,3g/dia, com ácido eicopentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) em diferentes proporções, por períodos entre 3 semanas a 6 meses. Esses achados incluíram redução do risco inflamatório-nutricional; redução de sintomas de impacto nutricional; redução significativa de artralgia e agente protetor contra neuropatia periférica associada aos inibidores de aromatase. Conclusão: A suplementação de ômega-3 como tratamento coadjuvante na quimioterapia, com dose a partir de 1g/dia, foi benéfica para reduzir toxicidades e aumentar a taxa de resposta ao tratamento. No entanto mais ensaios específicos são necessários para confirmar esses achados. |