O IMPACTO DO LEISHMANIA VÍRUS DE RNA NA LEISHMANIOSE MUCOCUTÂNEA

Autor: Ana Barbara Xavier Da Silva, Mariana Souza Bezerra Cavalcanti, Maria Clara Cavalcante Gomes, Nathaly Bruna de Oliveira Silva, João Lucas Pessoa de Vasconcelos, Saulo Brivaldo Mendonça da Silva
Rok vydání: 2021
Zdroj: Anais da XXVII Semana de Biomedicina Inovação e Ciência.
DOI: 10.51161/9786588884119/41
Popis: Introdução: A leishmaniose tegumentar é uma doença tropical negligenciada transmitida pela picada de flebotomíneos infectados por espécies de leishmania e estima-se que ocorram 1.5 milhão de casos por ano.(1,2,4) A doença se manifesta de diferentes formas e uma delas é a leishmaniose mucocutânea (LMC) causada principalmente pelas espécies L. braziliensis, L. guyanensis e L. panamensis do subgênero Leishmania (Viannia), e é caracterizada por lesões destrutivas na mucosa da boca e do nariz, podendo levar à metástases.(1,3) O Leishmania vírus (LVR) é um vírus de RNA de fita dupla que pertence à família Totiviridae, possui dois subtipos, o LRV1 e o LRV2 e já foi encontrado em várias espécies de leishmania, como L. guyanensis, L. braziliensis, L.shawi, L.major, L.aethiopica e L. infantum.(5) Primariamente encontrado na L. guyanensis, o LVR foi isolado e inoculado em um hamster que apresentou o desenvolvimento de injúrias na mucosa, levantando a hipótese de que esse vírus pode impactar no aumento da patogenicidade da doença.(1) Objetivos: O resumo tem o objetivo de analisar o impacto da infecção das espécies de leishmania pelo LVR na LMC. Métodos: A pesquisa bibliográfica foi realizada em plataformas de busca de artigos científicos, PubMed, Scielo e Nature, com os descritores “Leishmania virus AND Leishmaniasis”. Resultados: Em um estudo com 49 pacientes com LMC de Rondônia no Brasil, 67% eram positivos para o LVR (LVR+) e 33% negativos (LVR-), dos pacientes LVR+, 31% desenvolveram lesão em contraste com 10% dos LVR-.(2) Ainda em Rondônia, outro estudo analisou 28 pacientes com LVR1, que apresentavam lesões e eram positivos para LMC, destes, 71,1% eram LVR+ e 18,9% eram LVR-.(1) Em um estudo utilizando camundongos e cepas de L. guyanensis positivas (L.g+) e negativas (L.g-) para o LVR, foi demonstrado que os camundongos L.g+ possuíam aumento no desenvolvimento de lesões e maior carga parasitária na orelha do que os L.g-.(2) Conclusões: A presença do LVR em pacientes com LMC pode contribuir para a identificação da gravidade da doença já que estudos apontam que pacientes LVR+ têm mais chances de desenvolver lesões do que os LVR-, apesar disso, não é um fator determinante uma vez que pacientes LVR- também podem apresentar lesões.(1,4) Além disso, outros fatores como o tipo da espécie de leishmania e o subtipo do vírus podem estar associados.(1,4)
Databáze: OpenAIRE