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O objetivo deste estudo foi descrever as atitudes dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) acerca da orientação sobre o uso correto e racional de medicamentos nas comunidades. Foi realizado um estudo transversal, quantitativo e descritivo, por meio de aplicação de um questionário aos ACS do município de Marau, Rio Grande do Sul (RS). Foram pesquisados 51 ACS, durante os meses de outubro e novembro de 2020. As ACS investigadas eram adultos jovens do sexo feminino, a maioria possuía ensino médio completo e tinham acima de 3 anos de atuação. Apesar de 47,06% das ACS investigadas já terem realizado algum curso relacionado à utilização de medicamentos, 98,04% sentem necessidade de formação e 74,51% admitem não ter conhecimentos suficientes para dar informações aos usuários sobre os medicamentos. A principal fonte de informação utilizada pelas ACS são as bulas e os enfermeiros são os profissionais de referência para solucionarem problemas e esclarecerem as dúvidas das ACS. Os idosos são os usuários que mais solicitam informações sobre os medicamentos. As informações mais solicitadas pelos usuários são a indicação terapêutica, o horário de administração e a duração do tratamento. Já as principais possíveis situações de risco identificadas pelas ACS foi a automedicação, o horário de administração inadequado e a utilização da dose diferente da prescrita. Dentre as ACS, 96,08% consideram importante a orientação das famílias sobre os medicamentos, mas 80,39% afirmam que precisam de treinamento contínuo para realizar essa atividade. É evidente a necessidade de inserir o farmacêutico no desenvolvimento de programas de educação permanente para as ACS, a fim de que esses profissionais desenvolvam segurança em atuar na promoção do uso racional de medicamentos (URM) nas comunidades. |