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A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um local que oferece atendimento para pacientes críticos, que frequentemente necessitam de ventilação mecânica invasiva (VMI) e Fração Inspirada de Oxigênio (FiO2) elevadas a fim de se evitar a hipóxia, muitos profissionais sabem sobre seus efeitos deletérios e por isso acreditam que a oxigenação suplementar seja inofensiva e consideram uma terapia benéfica, até mesmo quando não há necessidade de administração de oxigênio (O2). É necessário que a hipóxia seja tratada, entretanto deve ser feita de forma cautelosa para se evitar uma hiperóxia. O objetivo do estudo foi analisar a Pressão arterial de Oxigênio (PaO2), Fração Inspirada de Oxigênio (FiO2) durante a internação e verificar o desfecho clínico do paciente submetido a VMI (alta da UTI ou óbito). Trata-se de um estudo quantitativo descritivo, com abordagem prospectiva, realizado no Hospital Regional de Cacoal (HRC) no estado de Rondônia. A amostra foi formada por 19 pacientes internados na UTI e submetidos a VMI no período de março a maio de 2022. Observou-se que 57,9% dos pacientes estavam na faixa etária de 70 anos ou mais, eram predominantemente mulheres e 53,0% não apresentavam comorbidades. Quanto ao tempo de permanência na UTI, 68,4% permaneceram menos que 20 dias e em relação ao desfecho clínico 89,0% evoluíram para óbito. Observou-se que há um aumento da FiO2 na última gasometria dos que foram a óbito. Não foi identificado aumento na mortalidade associado a hiperóxia, descobrimos que quando a FiO2 se encontrava menor que 40% não era realizados ajustes na VMI. |