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DOI http://dx.doi.org/10.12957/cosmopolitan.2014.10023 Este artigo visa a tracar um panorama geral do fenomeno da globalizacao, e delinear como caracteristica marcante a difusao de elementos de estraneidade , a permear as relacoes interpessoais. No esteio da internacionalizacao, estabelecem-se relacoes atipicas, situacoes da vida privada a que afetam elementos estrangeiros, desestruturando-se a normalidade decorrente de vinculo exclusivo com um unico Estado. Associada a pluralidade, a cognoscibilidade se apresenta como traco definidor da contemporaneidade, sendo que a incorporacao de distintas areas no modelo pos-fordista de producao depende da revelacao dos atrativos daquele territorio, de modo que se evidencie o que ele pode oferecer a ordem global. A globalizacao, por sua vez, ao mesmo tempo em que permite a integracao de novos territorios a ordem internacional, afasta outros tantos, aprofundando assimetrias ja existentes, em uma dialetica centripeta e centrifuga. Por sua vez, a acao das transnacionais, desfidelizadas e desenraizadas, leva com alguma reincidencia a logicas fragmentadas, o que facilita a desestabilizacao dos lacos de solidariedade que ligam os povos e os territorios. A emergencia de um direito efetivamente cosmopolita funda-se no reconhecimento de que muitos dos desafios contemporâneos nao podem ser satisfatoriamente enfrentados de forma desconcertada e, simultaneamente, procura retomar o fundamento etico que se esvai das relacoes interestatais e interpessoais. |