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A maloclusão é definida como uma irregularidade dos dentes, ocupando a terceira maior prevalência entre as patologias orais. Objetivo: Avaliar a prevalência de maloclusão e a necessidade de tratamento ortodôntico em escolares de 8 a 12 anos do município de Pelotas (RS), relacionando-as com dados demográficos e socioeconômicos. Material e métodos: Uma amostra de 1206 crianças de 20 escolas da rede pública e privada de Pelotas (RS) foi avaliada. Foi aplicado questionário aos pais para obtenção de dados demográficos e socioeconômicos. Dentistas treinados avaliaram maloclusão e necessidade de tratamento ortodôntico, pelo critério Dental Aesthetic Index. Para análise dos dados, os testes qui[1]quadrado, qui-quadrado de tendência linear e regressão de Poisson bruta e ajustada foram utilizados para associações entre desfecho e exposições, estimando-se as razões de prevalência e seus intervalos de confiança de 95%. Resultados: 83,7% apresentavam algum tipo de maloclusão, porém a necessidade de tratamento ortodôntico foi de 40,6% (mandatório em 9,7%). Espaçamento no segmento anterior (50,4%) e apinhamento (35,9%) foram as maloclusões mais prevalentes. Observou-se diminuição com a idade e da proporção de crianças com algum tipo de maloclusão. A análise ajustada mostrou que apenas a idade, e não características socioeconômicas, influenciou na necessidade de tratamento ortodôntico. Conclusão: A prevalência de maloclusão foi alta e, apesar de a necessidade de tratamento ortodôntico ter diminuído dos 8 aos 12 anos, continua elevada. Os resultados sugerem que o papel de medidas preventivas e interceptativas deva ser reforçado, especialmente na rede pública, como maneira efetiva de reduzir a necessidade de tratamento ortodôntico. |