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Os serviços de abastecimento de água tratada (e própria para o consumo) e coleta de esgoto sanitário podem ser compreendidos como soluções necessárias, visto que as consequências de sua falta atingem todas as comunidades envolvidas. Assim, poderia tal consenso, lavrado juridicamente, fomentar o exercício de poder e sustentar a vigência de determinado status quo numa determinada região? É crível sustentar que a experiência brasileira envolvendo os serviços de água e esgoto proporcionou uma significativa diversidade de agentes sociais, num contexto de sistêmicos conflitos pela posse dos capitais (econômico, cultural, político, simbólico, social, etc.) mobilizados pela premeditação implantação, administração e exploração dos ofícios em questão. Os sistemas de água e esgoto proporcionam reflexões importantes. A ponto de sustentar um campo social específico, cujos agentes sociais desses espaços, também agem em outros campos sociais conforme o montante de capitais mobilizados. Nesse raciocínio, vigora um campo social “Água e Esgoto” no cenário brasileiro, sendo tal microcosmo permeado por outros campos sociais, como os campos político, empresarial, profissional e comunitário. Num panorama de campos, capitais e conflitos, a temática do poder é inerente. |