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Indicadores cienciométricos são úteis para dimensionar a produtividade acadêmica e seu impacto temporo-espacial. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento retrospectivo sobre pesquisas odontológicas brasileiras com biomateriais para regeneração óssea guiada. Resumos temáticos originais foram recuperados nos anais da SBPqO das últimas quatro décadas, perfazendo uma amostra de 1310 trabalhos, distribuídos nas categorias de aplicação, origem e composição do biomaterial, tipo de estudo, regionalidade e financiamento. A quantidade de pesquisas cresceu significativamente a partir da década de 1990 e se manteve estável até a década de 2010. Foi evidente a prevalência de pesquisa in vivo sobre clínica, estrutural e in vitro e a diminuição de outras formas de aplicação alternada com o incremento de enxerto ósseo, membrana e hemoderivado. A origem autógena foi a maior na década de 1980, xenógena nas décadas de 1990 e 2000 e aloplástica na década de 2010. Embora compósitos fossem mais prevalentes ao longo de todo o período estudado, a partir da década de 1990 polímeros foram mais frequentes do que cerâmicas e biovidros. A região Sudeste liderou pesquisas e fomentos ao longo de todas as décadas analisadas, apesar das regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste crescerem significativamente na temática e a região Norte não exibir produção. O estudo do escopo de biomateriais para a regeneração óssea guiada indica sua gradativa evolução técnico-científica e reforça sua relevância histórica para a pesquisa odontológica brasileira. |