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Introdução: O dasatinibe é um inibidor de tirosina. Esse medicamento é comumente utilizado como segunda geração de tratamento para pacientes com leucemia mieloide crônica (LMC) que apresentam intolerância ou resistência ao imatinibe. Contudo, relatam-se casos sobre pacientes com hipertensão arterial pulmonar (HAP) associada ao tratamento, relação apenas identificada com o dasatinibe dentre os demais inibidores de tirosina. Esse quadro é considerado grave e progressivo, com alta taxa de mortalidade. A escassez de dados sobre a etiologia da HAP dificulta a compreensão desses mecanismos associados ao uso de dasatinibe, sendo compreendida a importância de uma revisão a respeito dessa temática. Objetivo: Apresentar os principais achados acerca do entendimento da fisiopatologia da HAP induzida por dasatinibe. Material e métodos: Como bases bibliográficas, essa revisão narrativa utilizou o Pubmed a partir da utilização dos seguintes descritores: LMC, hipertensão pulmonar, dasatinibe. Foram incluídos publicações em inglês, sendo elas artigos originais e de revisão sistemática dos últimos cinco anos. Resultados: Seguindo a metodologia adotada foram encontrados 12 trabalhos e, dentre eles, foram utilizados cinco com base na relevância para o objetivo dessa revisão. As evidências colhidas sugerem que o dasatinibe provoque alterações no microambiente endotelial pulmonar a partir de um processo crônico. As principais alterações confirmadas em estudos anteriores são descritas como disfunção e remodelamento do endotélio da artéria pulmonar por intermédio do aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (EROS), enfraquecimento da resposta vasoconstritora pulmonar hipóxica, indução do aumento da apoptose de células endoteliais pulmonares por meio do estresse oxidativo provocado pelo medicamento e aumento da expressão de três moléculas de adesão endotelial(ICAM-1, VCAM-1 e E-selectina). Conclusão: Diante do exposto, sugere-se uma associação entre o uso prolongado dasatinibe e o aumento da incidência de HAP nos pacientes com LMC. Outrossim, nota-se a necessidade da realização de mais estudos acerca da fisiopatologia abordada. |