Toxoplasmose em cães e gatos na mesorregião do Sertão, Nordeste do Brasil

Autor: Joana Kehrle Dantas Medeiros Pereira, Erick Platiní Ferreira de Souto, Artefio Martins de Oliveira, André Lopes de Lima, Almir Pereira de Souza, Glauco José Nogueira de Galiza, Maria Talita Soares Frade, Antônio Flávio Medeiros Dantas
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Research, Society and Development. 11:e44711427463
ISSN: 2525-3409
DOI: 10.33448/rsd-v11i4.27463
Popis: Descrevem-se os aspectos clínicos e patológicos da toxoplasmose em cães e gatos na mesorregião do Sertão, Nordeste do Brasil. De 2003 a 2019, o Laboratório de Patologia Animal da Universidade Federal de Campina Grande realizou 2.521 necropsias em cães e 1.332 em gatos, das quais foram diagnosticados 17 casos de toxoplasmose, sendo 14 em cães e 3 em gatos. Foram acometidos cães de ambos os sexos com idades variando de 5 meses a 9 anos. A maioria dos animais eram sem raça definida e semidomiciliados, com infecção concomitantente pelo Vírus da Cinomose Canina. Gatos de ambos os sexos, com idades de 3 meses a 3,5 anos, sem raça definida e semidomiciliados foram afetados. A maioria dos cães manifestou sinais neurológicos, enquanto os gatos sintomatologia inespecífica. Na necropsia, os pulmões e fígado apresentavam áreas multifocais brancacentas. A histopatologia revelou necrose associada a taquizoítos de Toxoplasma gondii. Nos cães foram ainda identificados achados patológicos consistentes com a cinomose canina. O diagnóstico de toxoplasmose foi estabelecido com base nos achados patológicos e características histomorfológicas do agente, sendo confirmado por imuno-histoquímica. Conclui-se que a toxoplasmose é uma doença sistêmica em cães e gatos, e que em cães geralmente está associada a imunossupressão causada pela cinomose. Recomenda-se a realização da imuno-histoquímica para confirmação do diagnóstico post-mortem.
Databáze: OpenAIRE