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Descrevem-se os aspectos clínicos e patológicos da toxoplasmose em cães e gatos na mesorregião do Sertão, Nordeste do Brasil. De 2003 a 2019, o Laboratório de Patologia Animal da Universidade Federal de Campina Grande realizou 2.521 necropsias em cães e 1.332 em gatos, das quais foram diagnosticados 17 casos de toxoplasmose, sendo 14 em cães e 3 em gatos. Foram acometidos cães de ambos os sexos com idades variando de 5 meses a 9 anos. A maioria dos animais eram sem raça definida e semidomiciliados, com infecção concomitantente pelo Vírus da Cinomose Canina. Gatos de ambos os sexos, com idades de 3 meses a 3,5 anos, sem raça definida e semidomiciliados foram afetados. A maioria dos cães manifestou sinais neurológicos, enquanto os gatos sintomatologia inespecífica. Na necropsia, os pulmões e fígado apresentavam áreas multifocais brancacentas. A histopatologia revelou necrose associada a taquizoítos de Toxoplasma gondii. Nos cães foram ainda identificados achados patológicos consistentes com a cinomose canina. O diagnóstico de toxoplasmose foi estabelecido com base nos achados patológicos e características histomorfológicas do agente, sendo confirmado por imuno-histoquímica. Conclui-se que a toxoplasmose é uma doença sistêmica em cães e gatos, e que em cães geralmente está associada a imunossupressão causada pela cinomose. Recomenda-se a realização da imuno-histoquímica para confirmação do diagnóstico post-mortem. |