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O presente trabalho traz uma reflexão acerca de como se construiu o cuidado e atenção à saúde para a população em situação de rua no Brasil. Trata-se de uma população cercada por estigmas e a quem tudo falta, por esse motivo essa construção se deu de forma lenta e começou com um forte caráter assistencialista. Com a reformulação da Política Nacional de Atenção Básica instituiu-se um modelo de cuidado específico para o atendimento de dita população, o Consultório na Rua (CnaR), em que as equipes realizam atendimentos em circunstâncias distintas daquelas que estão habituados. Destacam-se as inúmeras dificuldades inerentes a esse processo, tais como a dificuldade de intersetorialidade e as barreiras burocráticas que impedem o acesso destes ao cuidado contínuo. Conclui-se que o profissional que atua na equipe do CnaR precisa entender o processo saúde-doença dessas pessoas e praticar uma escuta qualificada, com posicionamento ético, além disso, devem romper a barreira da padronização para oferecer um cuidado humanizado, singularizado, qualificado, com uma escuta sensível, capaz de efetuar um acolhimento do usuário e de suas demandas. |