O AUMENTO DE BACTÉRIAS RESISTENTES A TRATAMENTOS FARMACOTERAPÊUTICOS DEVIDO AO USO EXCESSIVO DE ÁLCOOL ETÍLICO 70% EM GEL OU LÍQUIDO DURANTE A PANDEMIA DO VÍRUS SARS-COV-2, CAUSADOR DA DOENÇA COVID-19

Autor: Nailla Byatriz Silva de Morais, BRENO FIGUEIREDO MAIA, FERNANDO AUGUSTO MIRANDA DA COSTA, MAYKON LEAL BRANDÃO, FERNANDO COSTA DA CRUZ
Rok vydání: 2022
Zdroj: Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line.
DOI: 10.51161/ii-conamic/44
Popis: Introdução: Durante a pandemia, houve o aumento no uso de álcool 70% para combater a contaminação e a transmissão do vírus SARS-CoV-2 entre a população, no entanto, esta utilização indiscriminada corrobora também no surgimento e na permanência de bactérias resistentes, as quais são popularmente associadas apenas ao uso inadequado da antibioticoterapia pela sociedade. Objetivo: Avaliar as implicações práticas da resistência bacteriana decorrente do uso massivo de álcool etílico 70% na higienização coletiva durante a pandemia do SARS-CoV-2 e possibilitar a prevenção de uma pandemia bacteriológica posterior ou concomitante à pandemia viral do SARS-CoV-2. Material e métodos: Foram realizadas revisões bibliográficas com o levantamento na literatura descritiva em plataformas, como SciELO, Google Acadêmico e PubMED, com critérios dos seguintes descritores científicos. Resultados: O uso desmedido do álcool etílico 70%, como produto de higiene antisséptico, age como microbicida nas bactérias sensíveis e pode induzir geneticamente o surgimento de resistência pela variação estrutural no nucleoide ou plasmídeo bacteriano após o dano em seu material genético. E uma vez que que o álcool etílico 70% é ineficaz em bactérias resistentes, que sobrevivem e se multiplicam mesmo após o seu uso, possibilita a continuidade de transferência e de recombinação de genes com fatores de resistência em bactérias que não o possuíam, passando a expressá-los como característica de cepa potencialmente patogênica ao ser humano. Conclusão: É fundamental que o álcool etílico 70% seja utilizado com moderação na comunidade e no ambiente hospitalar, visto que esse produto danifica o material genético das bactérias e pode provocar mutações genéticas com maior patogenicidade ao homem e também possibilitar recombinações genéticas por intermédio da transferência de genes codificantes de resistência bacteriana já existentes no ambiente, de forma a diminuir a efetividade farmacológica de antibióticos e propiciar um colapso na saúde da população.
Databáze: OpenAIRE