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Comunidades vulneráveis em todo o mundo são as primeiras e as mais atingidas pelos efeitos adversos do clima. Em geral, essas comunidades são de pessoas de cor, povos indígenas e pessoas de baixa renda, socioeconomicamente desfavorecidas e que já se encontram sobrecarregadas por uma qualidade ambiental deficiente, sendo menos capazes de se adaptar a eventos extremos de calor, doenças respiratórias, doenças infecciosas transmitidas por vetores, insegurança alimentar e desastres naturais. A expansão urbana sem planejamento adequado fez com que as cidades se tornassem cada vez mais descontínuas, contribuindo para o crescimento exponencial de áreas periféricas, colocando em evidência as diferenças entre as classes sociais e submetendo os menos favorecidos a uma carga maior de estressores tóxicos, discriminação, racismo e isolamento político. Nesse contexto, esse estudo traz como questão problema a seguinte pergunta: Como a justiça ambiental pode atuar por meio de um planejamento urbano participativo baseado na comunidade? O objetivo desse estudo foi compreender como formar resiliência nessas comunidades através do conceito de justiça ambiental. Esse artigo se desenvolveu por meio de uma pesquisa bibliográfica e concluiu que não há uma solução pronta que resolva as desigualdades urbanas que existem nas cidades, mas que a esperança se materializa através de um planejamento urbano participativo, baseado nos preceitos da justiça ambiental e do desenvolvimento sustentável. Para essa conquista, é preciso buscar um planejamento em equipe, capaz de unir moradores de comunidades vulneráveis aos governos locais, em parceria com a comunidade científica, criando bairros resilientes que não venham a sofrer gentrificação. |