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Este artigo descreve o projeto “Nós fazemos a História: a escola e os movimentos sociais”, realizado em uma escola municipal de São Paulo entre 2019 e 2020, e o analisa a partir do referencial teórico de Paulo Freire, em especial os conceitos de dialogicidade, problematização e conscientização. O projeto consistiu em receber na escola ativistas de movimentos sociais e populares que militam em diferentes causas (terra, trabalho, direitos de mulheres, povos indígenas, LGBTs, negra etc.) para rodas de diálogo com os estudantes. Tomando como referência as falas dos envolvidos, compiladas em documentário elaborado a respeito, buscamos responder as seguintes questões: em que ambiente escolar idealizou-se o projeto? Como o conhecimento foi construído ao longo do percurso? Quais os resultados alcançados segundo os sujeitos envolvidos? Concluímos que, além de promover aprendizagens significativas, o projeto foi construído a partir da dialogicidade, permitiu a problematização da realidade e despertou consciência crítica, criatividade e capacidade de intervenção no mundo por parte dos educandos. O arcabouço teórico freireano, mobilizado para compreender esta prática escolar, mostra-se pertinente como ferramenta para compreender os processos de transformação e aprimorá-los na escola, contribuindo para construir uma escola pública democrática e emancipatória. |