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Abusadores sexuais ao adentrarem no sistema carcerário, experimentam um território de medo, insegurança e violência, por parte de outros detentos que não toleram crimes de tal natureza. Diante disso, o presente estudo faz uma análise a partir das experiências de três agentes penitenciários e dois albergados condenados por crime de abuso sexual, com o objetivo de analisar a receptividade e o convívio dos abusadores sexuais no interior do sistema carcerário, bem como, compreender se existe alguma ligação entre a prática do crime e a vida dos aprisionados no decorrer de suas formações subjetivas. A pesquisa é de natureza qualitativa, com uso do método fenomenológico e das técnicas de entrevista e aplicação de questionário aberto. Concluímos que ambos os entrevistados negam a prática do crime, mesmo sendo condenado, fato este, alertado pelos agentes penitenciários em momento anterior a entrevista com os sujeitos. Descrevem o território do cárcere e suas experiências como parte de suas vidas que não desejam recordar. Relatam ter sofrido algum tipo de violência quando crianças, o que não justifica a reprodução dos atos aos quais foram condenados, mas não excluímos a hipótese de interferência na formação de suas subjetividades. |
