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Cremos ter caracterizado, minimamente, os aspectos mais relevantes do legado político do pensamento de Viktor Emil Frankl, psiquiatra e filósofo cuja obra reflete os dilemas fundamentais das transformações sofridas pela humanidade no século vinte. Observamos, no decorrer de toda a análise, o esforço do pai da logoterapia em preservar a dignidade do ser humano diante da manipulação e instrumentalização operada pelo poder político, em suas relações para com os sintomas sociais da neurose coletiva de nossos tempos: existência provisória, fatalismo, coletivismo e fanatismo. Da mesma forma, tivemos a oportunidade de compreender a resistência de Frankl frente às diversas formas de sociologismo, em seu perverso objetivo de reduzir a natureza humana a um subproduto de relações de nacionalidade, origem étnica ou classificação social. Tivemos, ainda, a oportunidade de compreender não a posição, mas o compromisso político de Frankl, que se desenvolve como imperativo ético de não instrumentalizar o humano, transformando-o num meio para um projeto poder. Por fim, analisamos a causa do monantropismo como a grande bandeira do pacifismo Frankliano, pautada pela defesa de um ideal de humanidade única, animada pela vontade de um sentido comum. |