Perfil sociodemográfico de jovens universitários e fatores associados com a prática do sexo oral

Autor: Alícia Kerly da Silva Andrade, Carine Pacheco Alexandre
Rok vydání: 2021
Zdroj: Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis.
DOI: 10.5327/dst-2177-8264-202133p153
Popis: Introdução: O sexo oral ainda é visto como um tabu nas diversas classes sociais e níveis de escolaridade. Isso acarreta graves consequências, visto que, como se torna um assunto não discutido, os riscos que ele pode gerar se tornam muitas vezes negligenciados e em muitos casos são desconhecidos. Objetivo: Este estudo irá explorar o tema sobre a sexualidade do jovem universitário, a prática do sexo oral e a prevenção contra infecções sexualmente transmissíveis, traçando um perfil sociodemográfico dessa população, estudando o comportamento sexual da amostra e identificando as práticas de risco para compreender melhor a dinâmica deste tema. Métodos: A amostra contou com 205 estudantes: 111 do curso de Medicina e 94 de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Nutrição. Resultados: Sobre as práticas sexuais dos participantes, 157 (69,8%) realizam sexo oral, porém 70,6% (120) nunca utilizaram preservativo ao menos uma vez na vida e apenas 7,8% (13 estudantes) usam camisinha regularmente. A orientação sexual mais prevalente foi de participantes que fazem sexo com pessoas do sexo oposto, representando 74,3% (n=168) da amostra, seguido por quem faz sexo com pessoas do mesmo sexo com 9,7% (n=22). Os resultados encontrados na pesquisa mostram que, mesmo que o grupo analisado tenha a prática de sexo oral presente com grande prevalência, o uso do método de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis mais comumente conhecido e difundido, a camisinha ainda é pouco utilizada por esses jovens. Conclusão: A população analisada é maioritariamente solteira e está na faixa etária de jovens adultos, o que os leva a maior chance de se expor a prática de sexo oral desprevenido com um maior número de parceiros e, assim, aumenta o risco de adquirirem alguma infecções sexualmente transmissíveis/vírus da imunodeficiência humana.
Databáze: OpenAIRE