Colecistectomias em coorte no sistema público brasileiro: o acesso à laparoscopia é universal após três décadas?
Autor: | JOSÉ GUSTAVO OLIJNYK, ISABELLE GARIBALDI VALANDRO, MARCELA RODRIGUES, MAURO ANTÔNIO CZEPIELEWSKI, LEANDRO TOTTI CAVAZZOLA |
---|---|
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. 49 |
ISSN: | 1809-4546 0100-6991 |
DOI: | 10.1590/0100-6991e-20223180 |
Popis: | RESUMO Introdução: a videocirurgia no Brasil iniciou em 1990 com a realização da colecistectomia laparoscópica, sendo incluída pelo sistema público de saúde em 2008. Avaliamos a situação atual do emprego desta tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: de 2013 a 2019, 1.406.654 pacientes registrados no Departamento de Informática do SUS (DATASUS) foram analisados para calcular a taxa de colecistectomias laparoscópicas (CL) em relação a colecistectomias abertas (CA). Avaliaram-se características dos pacientes, apresentação da doença e mortalidade pós-operatória. Resultados: a taxa de CL atingiu 41,5%, com crescimento de 68%, sem ocorrer diminuição do número absoluto de CA. Já em Hospitais Universitários (HUs) a taxa de CL chegou a 91,96%. A técnica aberta em urgências esteve mais associada a pacientes masculinos, com 60 anos ou mais, à internação prolongada e em UTI. Aqueles submetidos à CL estiveram menos predispostos à morte pós-operatória, tanto em caráter eletivo (OR 0,49; IC 95% 0,42 - 0,56; NNT = 20) como na urgência (OR 0,23; IC 95% 0,20 - 0,25; NNT ≅ 1), conferindo efeito protetor. Conclusão: apesar do aumento da indicação da CL, a cirurgia aberta durante os anos estudados se manteve estável e a técnica mais utilizada no sistema público de saúde do Brasil. A efetividade de políticas de saúde pública para abreviar a completa implementação da videocirurgia no SUS necessita ser investigada em estudos epidemiológicos futuros, assim como seu impacto na morbimortalidade pós-operatória. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |