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A Síndrome de Eagle é caracterizada pelo alongamento excessivo do processo estiloide do crânio (acima de 25 mm). Esse processo é uma projeção óssea da base do crânio, inferiormente ao osso temporal, medial e anterior ao meato acústico externo. O objetivo do relato foi descrever a variação anatômica encontrada nos crânios de esqueletos humanos do Laboratório de Anatomia Humana da Universidade Federal do Paraná - Campus Toledo. Ao todo, foram analisados os crânios de 18 ossadas doadas pelo cemitério de Cascavel-PR. Os exemplares foram preparados por meio de osteotécnica. Dentre as peças observadas, percebeu-se alterações no tamanho do processo estiloide de seis crânios, dentre eles, o mais alongado dos exemplares mediu 40 mm, seguido pelas medidas de 33 mm, 31 mm, 31 mm, 27,5 mm (unilaterais) e um caso de processo estiloide bilateral, o esquerdo medindo 33 mm e o direito, 31 mm, sendo assim, todos indicativos de uma possível Síndrome de Eagle. Além disso, conforme dados gerais da Síndrome, sua incidência é maior na população do sexo feminino, entretanto, os exemplares analisados apresentaram quatro dos seis crânios com o processo estiloide alongado do sexo masculino. Desse modo, tendo em vista que o processo estiloide é importante para a inserção dos músculos estilo-hioideo, estiloglosso e estilo-faríngeo, o alongamento de tal projeção pode apresentar uma correlação entre os sintomas da Síndrome de Eagle e essas estruturas, que são comprimidas ou calcificadas devido ao tamanho anormal do acidente ósseo. Comumente, quando manifestada, a sintomatologia inclui dores craniofaciais e cervicais, além de otalgia, disfagia, disgeusia e dores na região auricular e mastoidea. O diagnóstico é realizado por meio da anamnese em conjunto com os exames físicos e radiológicos para a confirmação da hipótese. O tratamento pode ser cirúrgico, através da excisão do processo, ou medicamentoso, dependendo da severidade dos sintomas apresentados pelo paciente portador da síndrome. |