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O presente artigo buscou analisar, por meio de uma revisão narrativa de literatura, os impasses para se estabelecer o diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e suas repercussões na conduta terapêutica. Esse transtorno é bastante recorrente no infanto-juvenil e gera prejuízos para o desenvolvimento individual, social e acadêmico do indivíduo. Entretanto, a inexistência de um exame específico para detecção e a mimetização de outros quadros neuropsiquiátricos, bem como a dificuldade de acesso e adesão a equipes multidisciplinares e estabelecimento da relação médico-paciente, impactam no tempo requerido para o diagnóstico e dificultam uma avaliação precoce do paciente com TDAH. O tratamento é realizado de maneira multimodal, incluindo medicamentos e condutas não medicamentosas. Entretanto, o diagnóstico tardio do transtorno interfere principalmente na relação benéfica entre o tratamento não farmacológico e o tratamento medicamentoso. Ademais, a persistência dos sintomas pode ocorrer de forma parcial ou total até a vida adulta, implicando na necessidade de mudanças no tratamento ao longo do tempo. |