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Introdução: A morte fetal é um acontecimento único porque envolve simultaneamente nascimento e morte, representando um acontecimento traumático e extremamente doloroso para a maioria dos pais1,2. Em obstetrícia, morte fetal corresponde à morte do feto com idade gestacional igual ou superior a 20 semanas de gestação, uma morte que ocorre antes ou durante o parto3,4,5,6,7. Estas perdas estão associadas a custos psicológicos e sociais substanciais, diretos e indiretos, na mulher, família, profissionais de saúde e sociedade1,8,9,10. Sendo situações de crise que, na maioria dos casos, desorganizam a estrutura interna dos envolvidos e desencadeiam intensa dor e sofrimento5,8,9,11,12,13.Os objetivos deste trabalho são reconhecer as características do luto perante a morte fetal e quais as intervenções que se mostraram efetivas na elaboração do luto, prevenindo complicações na saúde mental.Metodologia: Revisão não sistemática da literatura.Resultados: As reações do luto devem ser interpretadas individualmente, pois são determinadas de modo pessoal, subjetivo e de forma contextual por quem a vivencia além disso, são influenciadas por diversos fatores, como as circunstâncias da morte e outras experiências semelhantes no passado4,6,9,14. O apoio ao casal deve incluir suporte e validação emocional bem como comunicação clara da informação4,12.Conclusões: O luto fetal é um processo global, complexo e multifacetado3. É fundamental que os cuidados de saúde materna sejam prestados por uma equipa multidisciplinar, com o objetivo de diminuir o sofrimento vivido pelo casal e prevenir situações que possam levar à perpetuação do sofrimento psíquico e/ou desencadear quadros patológicos15. Reconstruir a vida sem o seu filho é uma das mais dantescas tarefas da morte fetal e, contudo, no meio deste processo, o crescimento pessoal pode acontecer4. |
