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O presente trabalho tem como objetivo fazer uma breve análise acerca da ficção do escritor Jorge de Lima e sua relação com alguns aspectos do Modernismo, sobretudo aqueles que demonstram a atmosfera vanguardista desse movimento. Mais conhecido por sua poesia, o autor construiu um microcosmo narrativo bastante interessante em função da conexão que se estabelece entre as obras, em que adota procedimentos de criação que refletem fortemente o caráter revolucionário que marca a primeira leva de modernistas. Assim, traçamos uma trajetória por entre seus romances, observando principalmente como se delineiam os pontos de contato entre sua ficção e o esteticismo vanguardista, como o Surrealismo, através de obras como Salomão e as mulheres (1927) e O anjo (1934). Evidentemente, ao nos debruçarmos sobre a faceta ficcional do autor, não poderíamos deixar de observar como ele trafega da aura inovadora da Fase Heroica para um certo tradicionalismo que se consolida com o Regionalismo de 30, como podemos ver em Calunga (1934) e retorna ao experimentalismo com A mulher obscura (1939). Para desenvolver a discussão, recorreremos aos estudos de Teles (1972), Cavalcanti (1993), Lafetá (2000), Cereja (2002), Castello (2004). |
