Princípios da Bioética Aplicados em Urgência Hospitalar

Autor: Rosa, Isabel, Pais, Diogo, Guimarães Consciência, José
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2016
DOI: 10.24950/rspmi.777
Popis: Introdução: Os autores propõem-se efetuar a análise ética das decisões médicas no serviço de urgência, baseando-se nos princípios da Bioética: autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça. Material e Métodos: Foi efetuado um estudo transversal através de um inquérito por questionário a 68 médicos da urgência geral. O questionário era constituído por quinze casos clínicos tipificado. Resultados: Dos inquiridos 98,5% respeitaram o direito à revelação da verdade. Respeitaram o princípio da beneficência 79,4% dos inquiridos e 30,9% aceitaram não revelar a verdade por implicar ameaça psicológica para o doente respeitando o princípio da não-maleficência. Quando dois pacientes necessitaram de ventilação mecânica, 66,2% dos médicos inquiridos, concordaram com a não discriminação pela idade, respeitando o princípio da justiça. Discussão: A maioria dos médicos respeitou a vontade do seu paciente e a necessidade de ser advertido dos riscos mediante consentimento informado. A maioria considerou o bem-estar do doente, agindo no sentido do bem maior. É dever do Médico procurar eficácia e eficiência na gestão rigorosa dos recursos, respeitando o princípio da justiça, sem esquecer que o excesso terapêutico pode ser desumano e minar a dignidade, violando o princípio da não-maleficência. Conclusão: A maioria dos médicos respeitou os princípios de autonomia e beneficência. Geraram controvérsia questões relacionadas com não-maleficência e justiça, por entrarem em conflito com os conceitos de autonomia e beneficência. O Médico deve respeitar de forma absoluta a autonomia da pessoa humana, oferecer o máximo de benefício para a saúde do seu paciente, não lhe causando mal ou dano, e agir com responsabilidade com os recursos disponíveis para prover a saúde.
Medicina Interna, Vol. 23 N.º 1 (2016): Janeiro/ Março
Databáze: OpenAIRE