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Este trabalho visa investigar a formação histórica de particípios rizotônicos emergentes no português brasileiro (como: “tinha falo, tinha compro, tinha chego, tinha perco, tinha trago, tinha escrevo, tinha faço”, entre outros) a partir de duas perguntas investigativas básicas: de onde vem a avaliação social e/ou estilística positiva para formas rizotônicas (não apenas as emergentes, mas todas); e como surge essa variante emergente aparentemente espelhada na forma da primeira pessoa do indicativo presente. Com relação à primeira questão, o trabalho sugere que o início da valorização prestigiosa das formas rizotônicas está correlacionado aos processos de derivação erudita intensificados durante o período do “português clássico”, por volta dos séculos XV e XVI. Quanto à segunda pergunta, os dados encontrados sugerem que essa variante surge ainda no romance, a partir de – entre outros processos – verbos de aspecto intensivo, que a partir do séc. IV tiveram o seu emprego restrito a contruções passivas analíticas. |