Reimplante dentário após avulsão traumática: 10 anos de acompanhamento

Autor: Luiz Eduardo de Souza, Nair Narumi Orita Pavan, Marcos Sergio Endo, Alfredo Franco Queiroz, Izabela Volpato Marques, Margareth Calvo Pessuti Nunes
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION. 10:456-460
ISSN: 2317-3009
DOI: 10.21270/archi.v10i3.4713
Popis: A avulsão dentária consiste em um deslocamento completo do dente para fora do alvéolo e o seu reimplante imediato é a opção mais favorável, porém sob algumas condições nem sempre é possível. O objetivo deste estudo é relatar um caso em que houve o reimplante dentário tardio e um acompanhamento ao longo de 10 anos, não apresentando reabsorção radicular. Paciente do sexo masculino, 6 anos de idade, sofreu avulsão do dente 21 causada por queda de bicicleta. O dente foi colocado em um copo com soro fisiológico e reimplantado no hospital em duas horas, sendo instalada uma esplintagem não-rígida e após 11 dias removida. Ao exame radiográfico, foi observado que o dente apresentava-se com rizogênese incompleta, com paredes finas e o ápice aberto (estágio 9 de Nolla). Clinicamente, um mês após o trauma, o dente apresentou-se assintomático e sem mobilidade, com resposta inconclusiva ao teste de sensibilidade pulpar ao frio. Com a interrupção do desenvolvimento radicular e a presença de rarefação óssea periapical, realizou-se o teste de cavidade pulpar e foi planejado o tratamento com posterior intervenção endodôntica. Dez anos após o trauma dentário, o dente apresentava-se sem mobilidade, com resposta negativa ao teste de palpação e percussão vertical. A radiografia mostrou-se com aspectos de normalidade, não havendo presença de reabsorção dentária. Conclui-se que o reimplante dentário apresentou um prognóstico favorável, não exibindo reabsorção radicular inflamatória ou por substituição, além de restabelecer estética e função durante 10 anos.
Databáze: OpenAIRE