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Este artigo reflete sobre a experiência do projeto Diálogos em Suape, a partir de seus subprojetos: o Ação Juvenil e o Chá com Damas. O mesmo atuou em um solo de ruínas, produzidas no antropoceno do nordeste brasileiro, na região portuária e metropolitana de Recife, a partir de um grande projeto de desenvolvimento econômico nacional que havia sido implementado nos anos 2006-2008. Esta experiência buscou dialogar e atuar nesse território no qual as ruínas sociais e econômicas eram evidenciadas a partir de categorias de raça, classe, gênero, sexualidade e geração; particularmente entre as populações de jovens e de prostitutas. Discute sobre os lugares das epistemologias feministas pós estruturais e decoloniais, e suas práticas participativas e comunitárias no debate sobre ruínas e antropoceno no Brasil, a partir dos dispositivos da memória e dos processos subjetivos de assujeitamento. E estes, por sua vez, são percebidos no contexto dos processos grupais do projeto Diálogos, que tomou as artes enquanto mecanismos metodológicos participativos. |
