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A pandemia de COVID-19 causou alterações no estilo de vida em âmbito global. Mudanças nos hábitos alimentares da população também foram verificadas. Considerando a insegurança dos consumidores em relação ao risco de contaminação com coronavírus via alimentos ou embalagens de alimentos, o presente trabalho propôs investigar se os consumidores brasileiros têm conhecimento sobre a existência de embalagens antimicrobianas e como eles percebem a aplicação dessa tecnologia no contexto da pandemia de COVID-19. Foi realizada uma pesquisa on-line com 288 consumidores, entre novembro de 2021 e março de 2022. O questionário consistia em seis questões sociodemográficas e doze questões específicas sobre embalagens ativas antimicrobianas e COVID-19. Os respondentes foram majoritariamente da região Sudeste (91,7%), do gênero feminino (62%), com idade entre 18 e 24 anos (36,5%). Preço, data de validade, marca e segurança microbiológicas foram considerados os quatro fatores mais relevantes na hora da compra de produtos alimentícios. Cerca de 51,7% dos participantes informaram terem medo de se contaminarem com COVID-19 por meio de alimentos/embalagens, e 52% afirmou que a rotina mudou durante a pandemia, independentemente do início da vacinação. Apesar de 44% dos indivíduos não conhecerem embalagens ativas antimicrobianas, 85% responderam que se sentiriam mais seguros consumindo produtos com essa tecnologia. Além disso, 61,1% disseram que estariam dispostos a pagar a mais pelo produto com essa embalagem. Os resultados indicam que os consumidores percebem as embalagens antimicrobianas como uma ferramenta de proteção contra COVID-19 e existe interesse em utilizar produtos com essa tecnologia. |