Análise do bloqueio peridural em pacientes pediátricos: uma revisão sistemática

Autor: Natan Augusto de Almeida Santana, Alexandre Augusto de Andrade Santana, Yuri Borges Bitu De Freitas, Bernardo Malheiros Tessari, Gustavo Rodrigues Póvoa, Gregor Moraes Landim, Isabela de Paula Sá, Gabriel Corrêa Do Prado
Rok vydání: 2023
Zdroj: STUDIES IN HEALTH SCIENCES. 4:145-151
ISSN: 2764-0884
Popis: INTRODUÇÃO: O desenvolvimento de bloqueios nervosos periféricos e centrais permitiram a redução de concentrações de doses de medicamentos sistêmicos, melhorando a estabilidade hemodinâmica, especialmente em pacientes de alto risco, como prematuros e recém-nascidos. Grupo esse que, devido à imaturidade do SNC, pode desenvolver depressão respiratória perioperatória. OBJETIVO: Compreender as indicações e riscos para bloqueio peridural em pacientes pediátricos. MÉTODO: Trata-se de uma revisão sistemática, na base de dados da PubMed, com os descritores: “spinal anesthesia” AND “pediatrics”, nos últimos 10 anos. Foram selecionados 8 artigos científicos, com texto completo e gratuito. RESULTADOS: O bloqueio peridural caudal mostra-se como uma técnica de anestesia regional amplamente administrada, a qual tem se demonstrado segura e eficaz, capaz de oferecer analgesia perioperatória e pós operatório com deambulação precoce, além de estabilidade hemodinâmica e respiração espontânea em grupos de pacientes com via aérea difícil. Contudo, o principal risco envolvendo essa técnica é a contaminação bacteriana dos cateteres caudais. Além disso, são raras as complicações graves, como meningite, abscesso epidural ou sepse sistêmica, e a abordagem de Taylor modificada pela linha média auxilia no controle do risco de infecção. Ademais, o uso de bloqueio caudal de injeção única mostrou-se eficiente para controle de dor neuropática persistente após procedimentos cirúrgicos ambulatoriais, como correção de hérnia inguinal e orquidopexia. CONCLUSÃO: Diante do exposto nota-se que o bloqueio caudal é eficaz e seguro no âmbito da pediatria. Nos casos de contraindicação por infecção local ou presença de anomalias espinhais e meníngeas, sugere-se cautelosa análise de risco-benefício e investigação anatômica por exames de imagem. A punção guiada por ultrassonografia auxilia na identificação de pequenas estruturas e permite a visualização da dispersão do anestésico local, melhorando as taxas de sucesso e aumentando sua duração. Por fim, apesar de todas as informações coletadas, mais estudos sobre esta questão são necessários.
Databáze: OpenAIRE