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O objetivo desse trabalho fundamentou-se em avaliar a concordância entre a indicação cirúrgica de conização clássica por citologia cervical (CC), biópsia ou excisão da zona de transformação (EZT), e o resultado anatomopatológico final das pacientes submetidas ao procedimento devido a lesões precursoras ou câncer do colo do útero. Além disso, visou observar a presença de lesão residual após EZT com diagnóstico histológico de carcinoma espinocelular (CEC) microinvasivo e margens comprometidas por lesão intraepitelial de alto grau (LIEAG). Para tal, realizou-se estudo retrospectivo envolvendo 82 mulheres com lesões intraepiteliais cervicais ou câncer com idade entre 28 e 71 anos. Estas foram submetidas a citologia cervicovaginal, biópsia de colo ou EZT entre janeiro de 2014 e janeiro de 2020 e tiveram a conização clássica indicada de acordo com os resultados dos procedimentos diagnósticos. A indicação cirúrgica foi a citologia em 30.5% dos casos; em 12.2%, foi devido à biópsia cervical, e em 24.4%, devido à citologia confirmada pela biópsia. Além disso, 32.9% das pacientes tiveram a cirurgia realizada devido a margens comprometidas após EZT. Foi encontrada concordância em 57.3% das indicações e 42.7% não apresentaram concordância. Observou-se lesão residual em 55.6% de todas as pacientes submetidas a EZT, mas no grupo de CEC microinvasivo, houve taxa de 60% de ausência de lesão residual na peça cirúrgica da conização. Portanto, isso indica que a EZT parece ser tratamento eficaz para o CEC microinvasivo do colo do útero, e uma cirurgia complementar parece não ser necessária na presença de margens comprometidas por LIEAG. |
