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presente trabalho objetiva estudar o papel social da líder cabocla da Guerra do Contestado – Maria Rosa, conhecida como a Virgem Maria Rosa e, pela população secular regional e por estudiosos e folcloristas, além de musicistas, como a Joana D´Arc do sertão do Contestado. Busca, mesmo envolta por uma biografia muito curta e cheia de romantismos, traçar um breve olhar sobre a figura feminina mais impactante que se fez tão importante liderança durante a Guerra. O seu corpo, assim como a sua sexualidade não foram expostos a ponto de denigrir sua imagem de líder, pois os poucos escritos e relatos a tratam a partir do fato de ser uma menina-mulher no topo da hierarquia de uma guerra de proporções federais. Sobressaem os atributos de bela, ousada, santa e guerreira nos registros mais facilmente encontrados, não havendo termos depreciativos sobre Maria Rosa. Metodologicamente se buscou na literatura brasileira produzida no meio acadêmico, na poesia, na música e no folclore regional, as menções sobre a líder cabocla e seu papel na Guerra do Contestado. Constatou-se que, num país machista como o Brasil daquela época, uma líder cabocla perpassou um século sem ser vulgarizada pelo simples fato de ser mulher e bonita, permanece Maria Rosa como uma representação de mulher-guerreira-líder, cujos apelos sexuais, não sobressaíram no pouco rompimento da invisibilidade e do silêncio imposto ao povo caboclo desde que ela os liderou. Maria Rosa é, para os que dela falam, aos sobreviventes da guerra e seus descendentes, apenas uma grande líder – a Joana D´Arc do Sertão. |