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O presente estudo objetiva analisar as relações comunitárias de mulheres em situação de pobreza de uma comunidade no Nordeste do Brasil. A pobreza tem tido implicações psicossociais sobre as vidas das pessoas causando efeitos nocivos relacionados a falta de trabalho e renda, como também nas relações comunitárias. Desta forma, entende-se que apesar desses efeitos perversos, as pessoas, e especialmente as mulheres em contextos de pobrezas tem forjado estratégias de resistências a esta a partir do fortalecimento das relações comunitárias. Foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa com a realização de entrevistas semi-estruturadas. Participaram dez mulheres em situação de pobreza de uma comunidade de uma cidade no interior do Nordeste. Foi realizada análise de conteúdo. As desigualdades sociais de gênero baseadas em uma estrutura patriarcal e classista também estavam presentes em seus discursos, influenciando na participação comunitária. Contudo, observaram-se igualmente as relações comunitárias fortalecidas como estratégias de resistência de combate a pobreza. Foram identificadas essas relações como micro resistências frente às desigualdades de gênero. |