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Este artigo e resultado de uma investigacao realizada junto a um artesao de Brasilia (DF), cujo objetivo foi de refletir acerca de aspectos praticos do conhecimento matematico desenvolvido por um individuo a partir de sua experiencia de vida, em meio a sua cultura e meio social, a qual o professor e pesquisador Ubiratan D’Ambrosio (1985) ousou denominar por Etnomatematica . O artigo procura fazer uma breve explanacao sobre os conceitos que envolvem o termo Etnomatematica e o contexto em que surgiu, e se propoe a analisar de que forma um cidadao simples, despojado de educacao formal, utiliza o conhecimento matematico em seu contexto socio-laboral. Como resultado, pode-se perceber a existencia de matematicas que, por vezes, apesar de nao serem reconhecidas formalmente, respondem a anseios de determinados grupos, em particular, nesse caso, ao de artesaos. Fica evidente neste trabalho a importância de se tentar compreender as diversas formas de pensar matematicamente, bem como a concepcao que os individuos apresentam sobre essa forma de ciencia, pois mesmo apos afirmar o desconhecimento da disciplina e de suas estruturas minimas de contagem, o artesao surpreende-nos com uma visao bem elaborada sob o ponto de vista da geometria, aritmetica e outras correlatas a sua pratica. |