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RESUMO OBJETIVOS: Visando investigar os efeitos da alteracao da atividade mastigatoria sobre a populacao celular, avaliaram-se as consequencias da dieta farelada sobre a quantidade de astrocitos em CA1 (Corno de Ammon 1) do hipocampo. Alem disso, consideraram-se os impactos da dieta e possiveis alteracoes associadas ao ambiente enriquecido e aos processos neuropatologicos que podem surgir durante o envelhecimento. MATERIAIS E METODOS: Camundongos femeas da variedade suica albina foram divididos em janelas temporais de 6, 12 e 18 meses. Esses animais, distribuidos em grupos, receberam racao peletizada (RP) ou farelada (RF), sendo criados em ambiente enriquecido ou padrao. Completadas as idades, o material encefalico foi processado para imunohistoquimica da proteina acida fibrilar glial. Com o auxilio do fracionador optico, quantificaram-se os astrocitos em CA1, destacando-se variacoes entre as suas camadas. RESULTADOS: O ambiente padrao induziu modificacoes laminares em diferentes modelos em todas as camadas, identificando aumentos e reducoes no numero de astrocitos (grupos RP, no Stratum lacunosum-moleculare; e RF, em todas as camadas). No ambiente enriquecido, notaram-se modificacoes significativas somente na camada piramidal (entre as idades de 6 e 12 meses e de 6 e 18 meses, com reducao no numero de astrocitos). CONCLUSAO: As diferencas encontradas seriam dependentes da dieta, da idade e do envelhecimento, sugerindo que a astrocitose em camundongos adultos jovens estaria relacionada a mecanismos neuroprotetores e que a privacao mastigatoria nessa idade influenciaria negativamente essa acao. Ademais, os astrocitos no envelhecimento estariam envolvidos em processos pro-inflamatorios se associados a uma condicao de alteracao da mastigacao, e o enriquecimento ambiental proveria neuroprotecao aos efeitos maleficos do envelhecimento e da privacao mastigatoria. |