Manejo clínico de gestantes portadoras da Síndrome de Wolff-Parkinson-White: diagnóstico, tratamento e repercussões fetais das intervenções

Autor: Camila de Maria Ferreira Brandão, Olívio Joaquim Fonseca Neto, Ian Carlos de Oliveira Andrade, Cláudio Vinícius Barroso Queirós de Lima, Jhonantas Henrique Brito Santos, Taís Souza da Silva, Eduardo Erudilho, Érica de Araújo Silva Mendes
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Research, Society and Development. 11:e130111738889
ISSN: 2525-3409
DOI: 10.33448/rsd-v11i17.38889
Popis: Objetivo: Reunir dados acerca do manejo clínico de gestantes portadoras da Síndrome de Wolff-Parkinson-White, incluindo diagnóstico, tratamento e repercussões fetais das intervenções, para reconhecer as melhores condutas e assegurar bom prognóstico materno-fetal. Metodologia: Revisão integrativa de literatura que visa elucidar a pergunta feita a partir da estratégia PICo "Como é feito o manejo clínico de gestantes portadoras da Síndrome de Wolff-Parkinson-White?", com base em artigos selecionados nas plataformas MEDLINE/PubMed®, BVS MS e WoS. Resultados: O quadro clínico pode ser inespecífico e particular, o que requer exames complementares. Assim, o eletrocardiograma é fundamental para diagnóstico e identificação de arritmias subjacentes que colocam em risco mãe e feto. Achados característicos de via acessória devem ser considerados, como o estado de pré excitação ventricular: taquicardia compensatória, diminuição do intervalo PR, aumento do complexo QRS, ondas delta em diferentes derivações e alterações da repolarização ventricular. Sobre tratamento, exceto em risco hemodinâmico materno-fetal, deve ser postergado para segundo e terceiro trimestres, sendo preferível métodos terapêuticos não invasivos com benefícios comprovados. Quando necessários medicamentos, Adenosina, Quinidina, Ibutilida, Propafenona, Verapamil e Ajmalina se mostraram seguras, Propranolol deve ser evitado e Amiodarona e Sotalol são contraindicados. Ainda, uma alternativa individualizada, para casos refratários, é a ablação da via acessória por radiofrequência. Conclusão: A Síndrome de Wolff-Parkinson-White em gestantes gera grandes riscos e seu diagnóstico pode ser um desafio, bem como seu tratamento, baseado em antiarrítmicos que ainda são controversos na gestação. A escassez de estudos atuais sobre o tema foi limitante para a realização da revisão.
Databáze: OpenAIRE