Quando a imagem é corpo: modos de sobreviver à máquina colonial

Autor: Diego Granja do Amaral, Roberto Robalinho, Fernando Resende
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Comunicação Mídia e Consumo. 16:480-499
ISSN: 1983-7070
DOI: 10.18568/cmc.v16i47.2107
Popis: Este artigo parte dos vestígios de uma escrava africana enterrada na região portuária do Rio de Janeiro e do filme “Era o Hotel Cambridge” (Brasil, 2016), sobre uma ocupação no centro de São Paulo, com o objetivo de discutir como a imagem configura um corpo a partir de situações liminares. A proposta é observar a emergência intermitente das imagens e daquilo que é relegado à posição de resto, rastro, e vestígio na estrutura do poder colonial. Dos ossos humanos, que clamam um acerto com um passado escravagista, ao esqueleto de um edifício abandonado pela especulação e reinventado como corpo político por refugiados e sem-tetos brasileiros, a imagem é a instância que conduz as demandas políticas no tempo. É a insistência de uma memória marginalizada, violentada, mas que recusa o apagamento. Como gesto de criação, persistência e (r)existência, a imagem nos serve como instrumento analítico para pensar contextos pós-coloniais e suas sobrevivências.
Databáze: OpenAIRE